Pinturas egípcias
- Admin
- 10 de mar. de 2017
- 2 min de leitura
Os egípcios amavam demais o mundo terreno para acreditarem que os seus prazeres chegassem necessariamente ao fim com a morte. Achavam que pelo menos os ricos e poderosos poderiam desfrutar as delícias da vida pela eternidade afora, desde que as imagens desses falecidos fossem reproduzidas em suas respectivas tumbas. Assim, boa parte da pintura egípcia era feita em prol dos mortos. Entretanto, é possível que os egípcios não julgassem que garantir uma boa vida após a morte exigisse muito gasto e que, por isso, tenham escolhido a pintura como um recurso que poupava mão-de-obra e cortava gastos. Em lugar da dispendiosa arte escultórica ou da pedra talhada, empregava-se uma expressão artística mais barata, a pintura. Em todo caso, é certo que o estilo de pintura cerimonial e formal usado nas paredes das tumbas não era o único disponível. Hoje sabemos que, ainda em vida, egípcios ricos tinham murais em casa e que estes eram elaborados em estilos pinturescos de rica textura. Infelizmente, só perduraram pequenos fragmentos desses murais.
O faraó contratava artistas para desenhar nas paredes pirâmides - túmulos dos faraós - a representação detalhada da sua vida, de modo que a pintura egípcia registra parte da história do Egito.
A dimensão das pessoas e objetos não caracterizava uma relação de proporção e distância, mas sim os níveis hierárquicos daquela sociedade. Assim, o faraó era sempre o maior dentre as figuras representadas numa pintura.

As cores das tintas tinha alguns significados.
Preto (kem): associado à noite e à morte, a cor preta era obtida do carvão de madeira ou de pirolusite.
Branco (hedj): simbolizava a pureza e da verdade, o branco era extraído do cal ou gesso.
Vermelho (decher): representava a energia, o poder e a sexualidade e era encontrado em substâncias ocres.
Amarelo (ketj): estava associado à eternidade e era extraído do óxido de ferro hidratado.
Verde (uadj): simboliza a regeneração e a vida e era obtido da malaquite do Sinai.
Azul (khesebedj): Estava associado ao rio Nilo e ao céu, o azul era extraído do carbonato de cobre.
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